Por mais de 100 anos foram considerados como uma
praga para a aqüicultura, no Japão. No verão ocorriam “blooms” de rotíferos,
fenômeno denominado mizukawari, que
deplecionavam os estoques de microalgas e diminuíam muito o teor de O2
dos tanques, gerando problemas para os produtores de enguias.
Somente na
década de 60 que ITO verificou a possibilidade de utilizar esses organismos
para a alimentação de larvas de peixes marinhos, transformando o “problema” em
uma das mais importantes descobertas, e contribuindo sobremaneira para o início
da produção industrial de peixes, pela
possibilidade de aumento da oferta de alevinos.
Espécies
mais cultivadas
·
Brachionus
plicatilis (água salobra) – tipo L
·
Brachionus
rotundiformis (água salobra) – tipo S
·
Brachionus
calyciflorus (água doce)
Vantagens
F Ciclo
de vida curto
F Movimentação
lenta
F São cosmopolitas e apresentam resistência às
variações das condições ambientais
F Valor
nutritivo adequado e com possibilidade de atuar como bio-cápsulas
F Possibilidade
de utilização para larvas de peixes marinhos e de água doce
F Taxa
de fertilidade alta (em cond. ótimas, em 24 horas a população pode dobrar)
F
Reprodução assexuadamente (partenogênese) ou sexualmente (com formação de ovos de resistência)
F Alta
digestibilidade
F Capacidade
de sobreviver em densos agregados (média 300 - 500/mL)
F Facilidade
de obtenção e de cultivo em larga escala
F Possibilidade
de cultivo em água salinizada com
NaCl
F Hábito
não predativo
F Não
produz toxinas
Exigências
Temperatura
(20°-30°C)
Salinidade
(10 a 25‰)
Amônia
(NH3 é mais perigosa e não deve exceder 0,5 - 1,0 mg/L)
pH
(próximo a 7,5)
Oxigênio
dissolvido (3 a 8 ppm, porém suportam concentrações de até 2 ppm)
Aeração
fraca e constante
Cuidados
com contaminações por bactérias, ciliados e vírus.
Alimentação – filtradores
v Microalgas
(10 – 20 x 106 células/mL)
v Leveduras
(Saccharomyces cerevisiae, Candida sp, etc.)
v Fungos
v Bactérias
v Dietas
artificiais
Tipos de cultivo
a Colheita
total (“batch cultivation”)
a Cultivo
semi-contínuo
Cultivo de rotíferos
N
Manutenção
dos inóculos (0,5 -1,0 L, salinidade 18-20‰, temperatura 25-28°C, fotoperíodo
de 10-12 horas/luz, alimentação com levedura 0,5g/106 rotíferos – 2
vezes ao dia, renovação semanal do meio de cultivo);
N
Cultivos
intermediários (5 a 150 L, salinidade 10 a 20‰, aeração fraca e constante,
alimentação com levedura 1,0g/106 rotíferos – 3 vezes ao dia,
renovação e aumento periódico do meio de cultivo);
N
Cultivos
em larga escala (500 a 10.000 L, vários pontos de aeração)
Obs. Adição de microalgas
melhora a qualidade da água dos cultivos e dos próprios rotíferos.
Volume do inóculo é importante para garantir
rapidez no desenvolvimento da população de rotíferos.
ETAPA 1 – Inoculação do cultivo
1. Preparo do tanque
- Instalar a aeração
- Encher o tanque com o meio de cultivo, clorar e neutralizar
2. Inoculação
- Inocular 200 rotiferos/ml
3. Alimentação
- Alimentação: 1g de levedura de pão para cada 1 milhão de rotíferos + Microalgas
ETAPA 2 – Manutenção do Cultivo (1 – 6 dia)
- Estimar a quantidade de rotíferos no tanque: contagem de várias amostras
de 100μl
- Calcular a quantidade de alimento para cada dia
- Preparação alimento
- Alimentar 4 a 6x/dia
ETAPA 3 – Colheita dos Rotíferos (4 ou 6 dias)
-Se divide a colheita em duas partes:
-20% se inocula um novo cultivo
-80% Utiliza para alimentar as larvas de peixes
O cultivo dos rotíferos é realizado utilizando como alimento a levedura de padeiro, e esta
é pobre do ponto de vista nutritivo, particularmente em ácidos gordos poli-insaturados
da cadeia n-3, indispensáveis ao desenvolvimento das primeiras fases larvais de muitos
peixes marinhos.
Bioencapsulação
Torna-se, portanto, necessário o aperfeiçoamento das técnicas de cultivo secundário
Fornecimento dos ROTÍFEROS às larvas de peixes
(bioencapsulação) que permitem ultrapassar estas deficiências, através do enriquecimento
dos rotíferos com produtos de elevado teor em compostos considerados essenciais,
durante um período geralmente inferior a 24h e imediatamente antes de serem
fornecidos como alimento para as larvas.
Após a bioencapsulação são retirados através de um filtro de 55μm ou 80μm. Dentro do
filtro são abundantemente lavados com água salgada para retirar os restos do alimento,
bactérias e produtos do metabolismo. Após a lavagem são concentrados, contados e
fornecidos aos tanques para alimento das larvas.
brachionus plicatilis
brachionus rotundiformis
Olá Carlos você tem rotíferos de agua doce ai?
ResponderExcluirboa noite
ResponderExcluirvc acha que start de rotiferos consegue chegar vivo ao rj
vindo de onde vc mpora?