terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Peixe Cascudo


ZEBRA IMPERIAL


LISTA COMPLETA
Cascudos (ou Acaris) são peixes que possuem boca em forma de ventosa, placas ósseas ao invés de escamas, capacidade de dilatar a pupila do globo ocular e tem cabeça achatada. Gêneros:
Ancistrus, Hipostomus, Bariancistrus, canthicus, Hypancistrus,
Leporacanthicus, Panaque, Pseudacanthicus e Peckoltia.
Ordem: Siluriformes
Classe Actinopterygii.
Atualmente há em torno de 600 espécies já reconhecidas.
Origem: Continente Americano, porém são encontrados em maior abundância na América do Sul.
Habitam diversas regiões dos rios, geralmente são encontrados mais próximos onde as águas são mais correntes, o que proporciona maior nível de Oxigênio diluído.
Apresentam mais de 70 gêneros, com mais de 600 espécies descritas, sendo 450 já reconhecidas.
São a maior família de peixes de fundo neotropicais.

COURAÇA:
Tem seu nome em português, "cascudos" devido à verdadeira couraça que recobre seus corpos.
São pequenas placas ósseas adaptadas à maneira de escamas, que percorrem o corpo em várias fileiras (de três a quatro fileiras), e lhes conferem aparência visual e sensação tátil de lixa.
Essa "armadura", geralmente, recobre apenas a parte "superior" dos peixes, deixando o ventre ou "barriga" apenas com pele lisa.
Devido a essa característica possuem camada muito menos espessa (ou até mesmo não a tem) do muco epitelial externo que recobre as escamas (dos peixes escamados), não sendo por isso "escorregadios" ao toque como outros peixes.

SILURIFORMES
Peixes siluriformes da família Loricariidae, também conhecidos como acari, cari, boi-de-guará e uacari. Os loricariídeos são peixes exclusivamente de água doce, que habitam os rios e lagos da América Central e do Sul. Caracterizam-se pelo corpo delgado, revestido de placas ósseas, e pela cabeça grande. A boca localiza-se na face ventral e em algumas espécies é rodeada por barbas. Estes peixes vivem nos fundos dos rios, até cerca de 3000 metros de profundidade, e alimentam-se de lodo, vegetais e restos orgânicos em geral. Algumas espécies de pequena dimensão conhecidas como limpa-fundos, como o Hypostomus plecostomus, são muito populares em aquariofilia pelo gosto com que limpam o fundo dos aquários de algas e detritos indesejáveis. O pouco conhecimento sobre a distribuição destes peixes nos rios da América do Sul e a falta de revisões mais recentes deste grupo são problemas que dificultam a identificação de novas espécies. Para fazer a criação de cascudos é necessário dominar a técnica de desova induzida, que consiste em provocar o amadurecimento sexual através de hormônios. Como o peixe é pouco conhecido, esta tecnologia não é fácil de ser aplicada, pois não se tem certeza do comportamento das variadas espécies. Em geral, são mais utilizados como peixes ornamentais porque o animal é um verdadeiro 'limpa vidros', alimentando-se do lodo que se acumula nas paredes do aquário. Quem quer ter um cascudo de estimação, além de gastar, em média, entre 2 e 5 reais para comprá-lo, deve tomar uma série de cuidados. O primeiro deles é não colocá-lo num aquário muito novo e com água limpa, pois o animal precisa de um ambiente onde já ocorra a presença de algas e lodo necessários para a sua alimentação. Outra dica é verificar o pH da água, que deve ser neutro. Há algumas espécies que suportam águas um pouco mais ácidas. Outro cuidado importante é não colocar dois cascudos dentro de um mesmo aquário. Embora sejam dóceis e convivam pacificamente com outros peixes, ficam agressivos entre si. Isso porque, num ambiente pequeno, competem pelo mesmo espaço e alimento, podendo ocorrer até canibalismo. Reprodução: ovíparo. Deposita os ovos em grutas e buracos. Comportamento: Pacífico. Hábitos: Noturnos. Aquário: médio a grande com plantas e pedras.

QUALIDADE E TEMPERATURA DA ÁGUA:
Encontrados em sua maioria nas regiões Amazônicas, as águas costumam apresentar pH levemente ácido, com dureza total (GH) de mole (0 - 5 °dH) a médiamente moles (5 - 15°dH).
Mas muitas espécies são oriundas de águas levemente alcalinas (até 7.4°pH), porém sempre com dureza permanente no máximo média (isso se dá principalmente devido à alta oxigenação da água pela forte correnteza, que expulsa o CO2 para a atmosfera).
Qualquer pH entre 6,0 e 7,5 pode ser bem aceito;
Águas com dureza de média para alta (15 - 30°dH/GH) devem ser evitadas.
A temperatura grosso modo, as espécies amazônicas demandam temperaturas maiores (entre 26 e 29°C, adaptando-se tanto a temperaturas maiores como menores), enquanto que aquelas de regiões mais ao Sul:
Hypostomus plecostomus, Otocinclus sp., vários Rineloricaria, apesar de se adaptar bem a essas temperaturas mais altas, aceitam bem temperaturas de 22 a 26°C.
Mudanças na salinidade não são toleradas por essas espécies!

COMPRA:
Quase todos os peixes, até chegar às mãos do aquarista, recebem maus tratos.
Portanto, procure os exemplares que estejam fisicamente intactos, que tenham nado perfeito e, de preferência estejam um pouco barrigudinhos.
Sua introdução no aquário deve ser efetuada com cuidado (isso vale para todas as espécies de peixe), pois um choque térmico e mudanças bruscas nos parâmetros da água podem matar.
Observe bem antes de comprar, e somente adquira peixes que apresentem o corpo e as nadadeira sem defeitos, ferimentos, sinais de doenças (pontos, manchas, defeitos, rasgos, arranhões etc); que estejam respirando normalmente (nem muito rápido nem muito lento); que estejam vivazes e ágeis ao nadar, com as nadadeiras abertas quando parados; que se "fixam" com força no vidro do aquário, e não fiquem "caindo" ou "escorregando" a todo momento.
Não confunda com o movimento intencional do peixe ao se alimentar junto ao vidro; que não estejam excessivamente escuros; e que não estejam muito apáticos ao serem capturados pelo vendedor, devem apresentar certa resistência a serem capturados, quando perseguidos pela rede.
Observe ainda se os peixes não estão muito "magros": seu abdome não pode estar "convexo" ou "para dentro", e sim com uma leve "barriguinha".
No caso de Rineloricaria, não é comum apresentar tal "barriguinha", mas também não deve apresentar-se extremamente magro.




NO AQUÁRIO
A descoberta de novas espécies exóticas, está atraindo muitos admiradores desta espécie.
O importante para se mante-los sadios é um aquário com dimensões compatível à espécie que o aquarista pretende criar.
Lembre-se, conforme a espécie, podem ultrapassar 30 cm. Plantas, são muito bem-vindas, pois estas criam áreas com sombra, fazendo com que dêem pequenos passeios à procura de alimento mesmo com as luzes acesas.
Porém, conforme a espécie e devido ao tamanho e seu modo de nado, podem acabar arrancado ou quebrando suas folhas.
Boas opções são as Valisnerias, Higrophilas e Salvinia.

ALIMENTAÇÃO
Podemos alimentá-los com rações industrializadas à base de vegetais ou spirulina. (Escolher rações que afundem).
Fornecer pepino, abóbora, batata, abobrinha, repolho e alface é imdicado pois são ricos em fibras, das quais eles necessitam, retirar os restos no dia seguinte para que não danifiquem a água.
A ausência de fibras suficientes na dieta desses peixes pode levar, rapidamente, a sérios bloqueios intestinais, geralmente resultando em morte.
Dar o alimento pouco antes de desligar as luzes do aquário.
Muitos pensam que todos os Cascudos comem algas, mas há espécies que apreciam dietas carnívoras, ou seja, vermes, insetos aquáticos e até pequenos peixes.
Hypancistrus Zebra (Cascudo Zebra Imperial) é um deles.
Quando o "cascudo" começa a "atacar" outros peixes, tentando "fixar-se" sobre esses, na tentativa de sugar seu muco indica uma só coisa:
O cascudo está desesperado de fome.
CURIOSIDADE:
Como muitos membros dos Loricarídeos atingem tamanhos consideráveis na Natureza (60cm ou mais), são muito comuns na culinária de populações ribeirinhas, que sempre apontam para uma peculiaridade de seu preparo: se não for devidamente "limpo" (destripado), a carne apresentará um gosto ruim, lembrando terra.



OS LORICARÍDEOS COSTUMAM SER CLASSIFICADOS DENTRO DE CINCO SUB-FAMÍLIAS:
1) Ancistrinae:
possui a maior quantidade de gêneros entre os Loricarídeos; entre os mais famosos, conhecidos e numerosos são os Ancistrus sp., que apresentam os característicos e exclusivos "tufos de cerdas", seja em volta da boca e ou guelras, como também sobre a cabeça e ou "focinho"; compõem também a sub-família Acanthicus sp.; Baryancistrus sp.; Chaetostoma sp.; Cordylancistrus sp.; Dekeyseria sp.; Dolichancistrus sp.; Exastilithoxus sp.; Hemiancistrus sp.; Hopliancistrus sp.; Hypancistrus sp.; Lasiancistrus sp.; Leporacanthicus sp.; Leptoancistrus sp.; Lithoxus sp.; Megalancistrus sp.; Neblinichthys sp.; Panaque sp.; Parancistrus sp.; Peckoltia sp.; Pseudacanthicus sp.; Pseudancistrus sp.; Spectracanthicus sp.; Scobinancistrus sp.; Pterygoplichthys sp. (sinônimo: Glyptoperichthys).

2) Hypoptopomatinae:
Abrange a maioria dos cascudos-anões ou "limpa-vidros"; dividem-se em duas Tribos:
Tribo Farlowellini:
Aposturisoma sp.; Farlowella sp.; Harttiini sp.; Cteniloricaria sp.; Harttia sp.; Harttiella sp.; Lamontichthys sp.; Pterosturisoma sp.; Sturisoma sp.; Sturisomatichthys sp.; Metaloricaria sp.;
Tribo Hypoptopomatini: Acestridium sp; Hypoptopoma sp.; Microlepidogaster sp.; Nannoptopoma sp.; Oxyropsis sp.; Otocinclus sp.

3) Hypostominae:
Os "cascudos comuns", mais encontrados em aquário.
Hypostomus sp., Cochliodon sp.; Aphanotorulus sp.; Isorineloricaria sp.

4) Loricariinae:
No Brasil, os mais comuns são os os "acarís" (Rineloricaria), de corpo muito alongado e esguio, muitos apresentando cauda com prolongamento de um ou ambos raios mais externos.
No caso de apenas um, o mais alto, dando a aparência de "chicote", e nadadeiras peitorais /ventrais bastante desenvolvidas, não apresentam nadadeira adiposa; costumam se enterrar na areia, deixando apenas os olhos protuberantes "de fora".
Farlowellas possuem corpos tão alongados e esguios que confundem-se facilmente com galhos de árvores (mimetismo), ainda mais devido ao hábito de ficarem horas a fio completamente parados; esse gênero, juntamente com o Sturisoma apresentam ainda curiosos "focinhos alongados", muito sensíveis, e com aspecto de um pequeno "nariz"; os vários gêneros se encontam divididos em três tribos:
Tribo Farlowellini:
Aposturisoma sp.; Farlowella sp.; Tribo Harttiini: Cteniloricaria sp.; Harttia sp.; Harttiella sp.; Lamontichthys sp.; Pterosturisoma sp.; Sturisoma sp.; Sturisomatichthys sp.; Metaloricaria sp.; Tribo Loricariini: Hemiodontichthys sp.; Limatulichthys sp.; Pseudoloricaria sp.; Loricariichthys sp.; Brochiloricaria sp.; Crossoloricaria sp.; Loricaria sp.; Paraloricaria sp.; Pseudohemiodon sp.; Rhadiniloricaria sp.; Ricola sp.; Reganella sp.; Dasyloricaria sp.; Ixindria sp.; Rineloricaria sp.; Spatuloricaria sp.

5) Neoplecostominae:
Até o momento, praticamente desconhecidos no mundo da aquariofilia, por terem sido descobertos há pouquíssimo tempo (cerca de 1990); possuem, como diferencial às outras sub-famílias, as características placas ósseas, de maneira bastante desenvolvida, também na região ventral; apesar disso, no restante parecem-se muito com os Hypostomus.
Compreende os gêneros Hemipsilichthys sp.; Isbrueckerichthys sp.; Kronichthys sp.; Neoplecostomus sp.; Pareiorhina sp.

Parece que, recentemente (1998 - 99), houve uma proposta de reclassificcação taxonômica, que dará origem a uma série de mudanças, entre elas, a criação de uma nova sub-família, ainda sem nome definido, e que apresenta os seguintes gêneros: Delturus sp.; e Upsilodus sp.
A sub-família Ancistrinae passará ainda a ser considerada apenas uma tribo dentro da sub-família Hypostominae; e o grupo dos Pterygoplichthys passará a ser uma nova sub-família, devido às suas características morfológicas, que atualmente os deixam num meio-termo entre os Ancistrinae e os Hypostominae; e dentro da sub-família dos Pterygoplichthys, constarão os gêneros Pterygoplichthys e outro, ainda não totalmente descrito, mas relacionado ao grupo do Hemiancistrus annecten (Armbruster ,1998).
Não adotamos essa reclassificação porque a mesma é apenas uma proposta, e ainda não é aceita pela sociedade científica internacional.









Pseudacanthicus Leopardus







Spectracanthicus







Lithogenes Wahari







Hypostominae







Neoplecostominae Regan







Ancistrus Planiceps


O nome Ancistrus vem do grego "agkhistron", significando "gancho barbado", devido à presença de possuir um arco branquial cheio de protuberâncias, as quais, muitas vezes, apresentam-se na forma de espinhos; o peixe, quando em situação de perigo -- dentro da boca de um predador ou na rede de um aquarista --é capaz de projetar esse "gancho barbado" para fora de suas guelras, "apresentando suas armas" aos inimigos.





Apeltogaster Loricaria


Loricaria: "(casaco/capa de) armadura"; assim, Loricariichthys = "peixe de armadura"; Paraloricaria: Para = "ao lado" -- "armadura do lado".





Pterygoplichthys sp


"peixe com grandes nadadeiras", pterygos = asa (nadadeira); pleion = mais (grandes); ichthys = peixe...





Plecostomus Xingu







Acanthicus







Acestridium







Aphanotorulus







Apistoloricaria







Baryancistrus







Zebra New







Chaetostoma







Cordylancistrus







Corymbophanes







Crossoloricaria







Delturus







Farlowella


O nome Farlowella vem de uma homenagem a W.G.Farlow, da Universidade de Harvard





Hemiancistrus


Hemiancistrus significa, por sua vez, "meio 'ancistrus' ": hemi = metade; então, Hemiodontichthys (um gênero da sub-família Loricariinae) vem a ser "peixe de meio dente": hemi = metade; odon, odontos = dente; ichthys = peixe.





Hemipsilichthys







Hroseo







Hypoptopoma







Hypostomus


Hypostomus plecostomus, significa algo como "boca achatada (em forma de prato), do lado de baixo" -- hypo = abaixo, do lado de baixo; stomus = boca; pleco = achatado.





Lipopterichthys







Liposarcus







Loricariinae







Macushi







Microlepidogaster







Nannoptopoma







Neblinichthys







Oligancistrus







Otocinclus


O nome Otocinclus vem de uma alusão à sua anatomia externa, que apresenta pequenos orifícios na região da cabeça, que evocaria certa semelhança à ouvidos, devido à sua posição (mas não em função): Oto = "ouvido"; cinclus = "treliça" ou "cinto".





Otothyris







Panaque







Peckoltia







Hypancistrus Zebra


Conhecido como Zebra Imperial é carnívoro. Alimentação ideal vermes, insetos aquáticos e até pequenos peixes.





Pseudacanthicus


"com spinhos falsos" -- pseudo = falso; acanthicus = acúleos (espinhos).





Pseudohemiodon







Rineloricaria


Rhine = fileira; Loricara = armadura / "armadura em fileiras"





Squalinus







Sturisoma


"corpo em forma de esturjão"
Fonte: falandodepeixes-cascudo.blogspot.com/

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