Peixe Oscar
O nome científico dele é Astronatus ocellatus. Um peixe originário do norte do país, pertencente ao grupo dos ciclídeos, um grupo de peixes muito exigentes quanto as condições do aquário, mas muito espertos, bonitos e inteligentes. É o grupo de peixes que eu realmente gosto. Já tive inúmeros oscares. São peixes agressivos, não toleram peixes menores, pois é carnívoro e acaba se alimentando dos menores. Vive bem com os ciclideios africanos, que tb são agressivos. Mas é um peixe com características únicas, sendo um dos poucos peixes que podem ser considerados como um animal de estimação. Como são muito espertos, reconhecem o dono, fazendo “festa” quando o enxerga. Com o passar do tempo, o oscar se acostuma com o dono e sobe a superfície e dá o dorso para que se faça carinho nele. Sim, é um peixe muito especial!
Ele fica grande atingindo cerca de 30 centímetros. Ou seja, se tu vais ter vários desses, deve-se ter um aquário muito grande. Senão, pode-se ter apenas um peixe em um aquário com aproximadamente 100 litros. Aprecia alimentos vivos, fígado de boi (dar muito pouco, pois pode comprometer a qualidade da água) e aceita ração seca específica para oscares (importante, o peixe deve ser jovem para se acostumar com alimento seco). O ideal é alternar os alimentos, para manter o peixe saudável e com o colorido sempre em dia. Eu costumava dar fígado e outros peixes menores, mas isso é um tanto cruel e aconselho que não o façam. Ele gosta de “ajeitar” o aquário do seu modo, cavocando no fundo. Pode retirar todas as plantas se não estiver do seu agrado.
Aquário para reprodução.O aquário para reprodução deve ter pelo menos 250l, enquanto podem aceitar uma grande variação de parâmetros de água, a tempera deve ser constante entre 26, a 28 graus (nos estados do nordeste ocorre durante todo o ano. Nos mais frios como São Paulo, a época vai de outubro a fevereiro) e uma pedra grande e plantas para a fêmea depositar os ovos. O peixe pode ser mantido em água mole ou dura, contanto que seja cristalina e limpa. São sexualmente maduros após os 12cm de comprimento (em média). Uma maneira eficiente para selecionar um casal é de adquirir vários exemplares filhotes (cerca de 6) e conformem os peixes crescem os casais irão se formar. Não existe diferença em seu corpo que confirme a diferença de sexo. Caso tente colocar dois adultos há riscos dos dois peixes não se aceitarem mesmo de sexos opostos O acasalamento é meio rude, ambos os peixes abrem a boca "enfrentando-se" , estremecem as nadadeiras. Se estes gestos ocorrerem apenas em um peixe sobre o outro, então separe-os rapidamente para que o agredido não saia machucado.
Reprodução.
Aparecendo certo reboliço no aquário é sinal de que começaram os "jogos de boca", que evidenciam o acasalamento. Esse jogo consiste numa prova de força, onde o macho e a fêmea se colocam frente a frente com as bocas abertas. Após algumas investidas, mordem-se simultaneamente puxando o companheiro para o lado. Depois disso, isolam-se dos demais e é o momento ideal para serem instalados num novo aquário (ou mantê-los no mesmo se já estiverem adaptados), com cascalhos não cobertos por areia e fora da área do filtro biológico. Os pais escolhem uma superfície lisa (uma pedra, tronco, ou uma telha virada com a boca para baixo) e a limpam.
A fêmea vai então depositando os ovos em círculos num total de 300 a 2.000, , enquanto o macho os fertiliza. Começa então um violento esquema de defesa e proteção. Movimentam continuamente as nadadeiras gerando uma corrente de água que proporciona uma melhor oxigenação para os ovos e evita o ataque de fungos e bactérias. Depois de 3 a 4 dias ocorre a eclosão. O macho faz buracos no substrato e transporta os alevinos com a boca mantendo-os aí até que nadem livremente. Nessa época, os pais tornam-se ainda mais cautelosos e agressivos, chegando até a atacar a mão do criador, e só devem ser separados das crias quando diminuírem seu interesse por elas. Os casais são monogâmicos e podem ter de 3 a 4 desovas por ano. Se o casal interromper o namoro por 6 meses, experimente trocar a fêmea.
Alimentação dos Alevinos.
O crescimento é precoce. As larvas depois de nascidas são colocadas em uma pequena cavidade feita no solo pelos pais, onde ficam até começarem a nadar procurando o plâncton. Os alevinos contam com o saco vitelino para suprir suas necessidades alimentares. Assim que esse saco começar a desaparecer, forneça minhocas, camarões crus, carne de boi crua e sem gordura, carne de peixe, fígado e miolos, todos bem triturados. Também podem ser alimentados com dáfnias, micro-vermes e artêmia salina recém-eclodida. Forneça as refeições de 2 em 2 horas e sem exageros.
FONTE: forum aqua peixes
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